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Mostrando postagens de abril, 2016
Sacríficio coração, desperdício sentimental Fossa em catarse, vento diagonal. Lágrima em transe, perfeição arrebentada Crise de mentira, tira interrogada. Versos soltos, solturas involuntárias Velcro indefinido, beijo interrompido. Poluição amorosa, dengosa solitude Altitude interminável, queda paixonite. Verborrágico cantar, cheirada afetuosa Nariz em giz, pó destruído. Heroína nua, pelo em corpo. Olhos cerrados, coração em vida. Poesia fechada, querer aberto! lsH

Maduro

Tenho aqui guardado Um lindo sorriso Que, todos os dias, Me faz sentir amado. Ao seu lado, gosto de ser engraçado. Danço Afterlife Como se eu fosse um retardado. Tenho aqui guardado O meu melhor abraço Que, todos os dias, Não me faz sentir antiquado. Ao seu lado, eu percebo o futuro. Mesmo eu não sendo maduro.

Feliz Natal

Ele estava lá enquanto os fogos anunciavam Sabe-se qual o motivo para o entusiasmo. Seus olhos refletiam a solidão da sala Enquanto brindes eram comemorados. Apesar de presente, a mente se encontrava ausente E em outro lugar seu pensamento voava. Não tinha casa alguma que gostaria de dormir A não ser aquela que bucólica imaginava. Vieram abraços que eram estranhos, mas não temia Haviam sorrisos que distraídos não o atraíam. Bebeu seu último gole de sidra azeda E abriu a porta para uma tentativa de fuga Queria o passado naquele momento Quando seus pais compravam pijamas E seus irmãos comemoravam o ato simples. Perdido ele atravessou a rua E na encruzilhada avistou a lua E como milagre algo rasgou o céu E sua falsa esperança desapareceu. lsH
Bem aqui, ao centro. Um incômodo e tanto. Meu canto fraco Não ajuda, portanto, Me deito quieto, Olhos abertos no teto A lâmpada cega Para que em pontos Aliviem o intenso. Dois pontos riscados Como fuga nunca, Mas como alívio De encontro ao copo Que da água ajuda O descer do sentido. lsH.

Recomeçar

Lembro de lá, o lado atlântico, um romântico desesperado a encontrar, sabe-se lá o que seria: um olhar, quiça. Mas recordo da nitidez ao falar, mesmo sem entender o seu contexto. Era de se apaixonar. Tinha no semblante algo confuso. Dava gosto de cogitar. Muitas coisas a observar. Do escuro dos olhos ao cabelo ralo. O jeito de molhar os lábios para dizer, fosse qualquer coisa. Não trazia nada, apenas um anel no dedo. Dizia que significa, agora, o fim. Enfim, não fiquei sabendo do resto, pois faltou um tiquinho de coragem. Poderia ter sido um recomeçar.