Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2019

A Razão

Qual eco atravessa o surdo coração da sua razão? Em mesas digitais com três mesários é encontrado? É preciso mais do que isso para prevalecer, você me diz. Mas se contradiz quando derruba seu papel de bala no chão. Você me quer mais educado em todas as situações Só que não olha os miseráveis ao seu redor. Fortalece alianças para celebrar os mais belos casamentos E fornece tratamentos àqueles que não querem a cura. A rua infestada destilada por certo o algo incerto Porque bandeiras são levantadas todos os dias E ninguém entende para qual norte são apontadas. A senhora queria um lindo beijo no recém-nascido Com câmeras registrando cada frame do ato Por uma única razão? Sim, emocionar o eco que atravessa surdo O coração daqueles mesmos que batem a sua razão. lsH

Tudo Normal

Tal e qual, até demais. Teu sorriso amarelo A minha blusa preta O desgaste do pensar. Tal e qual, o sentimento As pessoas se doendo A raiva escorrendo E a vontade de amar. Tal e qual, o quê? Há tempos um buquê Não recebi, sabe você E o coração a coçar. Tal e qual, tudo normal Espero pelo dia Que talvez chegará Como um animal. Tal e qual, simplesmente total Aguardo um decreto E espero contente O velho sentimental. lsH
Eu detesto a maneira que o Régis Tadeu escreve Não acredito nas verdades do Jornal Nacional Novela boa é novela velha, que reprisa no Viva E eu tenho muita sede quando como queijo. A vida é bela, mas a gente se fode nela. Citronela no repelente combina super bem O novo disco do Cícero é mais ou menos E eu tenho muita sede quando como queijo. Não consigo olhar para a Cláudia Leitte Nem um amigo meu, porque é cego. Às vezes acho Jorge Furtado patético E eu tenho muita, muita sede quando como queijo. 90% do país não entende as letras do Djavan Wander Wildner é um charlatão talentoso Masterchef é um programa ridículo E o pão no meu queijo me deixou com sede. lsH
Clássico A febre desse amor em clima pulsante E a sua garganta linda em minhas mãos. O tanque de uísque pousado na mesa E o estoque de alcatrão entre os vãos. Giro os olhos afoitos em direção aos dedos Enquanto seu suspiro tranquiliza o redor E a minha tentativa de invasão se torna certeira Conseguindo a compreensão do furor. Observo os detalhes dos poros do seu pescoço E o arrepio da pele morena que me fascina. Não há nada melhor do que essa vacina Ao menos para alguém que sentia uma carnificina. O levantar do seu sufoco fica calmo Enquanto a minha ânsia se torna plácida E aquilo que eu havia segurado Permito contigo soltar com pouco estrago. Bem devagar eu saio e alcanço o gole Bebido como leite pela boca úmida E acendo meu filtro branco como se fosse o primeiro De outros muitos que virão clássicos. lsH