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Mostrando postagens de outubro, 2021
  Para que serve essa porra de amor? Eita sentimento mais complexo que irrita. Agita o cérebro, emburrece. Na primeira manhã, café, doces, cigarros e beijinhos. No primeiro mês, ainda. No segundo mês, quem sabe. Depois, desgaste. Café, doces, cigarros e beijinhos misturados e jogados no chão. O líquido preto, amargo. O chocolate, meio-amargo. Os cigarros, amassados. E os beijinhos, enjoados. Quando se tenta colocar dois corpos no mesmo espaço, nem sempre é fácil se ajeitar. Afinal, são duas cabeças e personalidades na divisão do local. Ainda no início, óbvio, o encaixe é perfeição. Abraços apertados, mãos entrelaçadas, pernas encostadas, olhares compenetrados e lábios encaixados. Depois, corpos meio tortos, mãos nada firmes, pernas amolecidas, olhares míopes e bocas rachadas. Frescor na linha de partida. O dado é jogado, algumas casas são avançadas, a novidade é linda de morrer e o coração o órgão pulsante que vai levando harmoniosamente o sangue para as partes baixas. Lógico. O am...
no caminho do sempre quis tanto foi que fiz na estrada do tanto faz percorremos para trás
  Vento horizontal em obtuso caso Perfurando leve o pensamento sujo. O lençol molhado em cama seca E a tez deitada esperando agrado. Caráter esfacelando em combustão E olho em sal um tanto maltratado. Vento horizontal levante em grau E um pouco de veneno com cal Enquanto avalia o desejo pensado Enfraquecendo-o na segunda base. As pálpebras desistem de lutar E permitem um doce madrugar.
Um caso por acaso Causou um desabar. Fracasso em sentir Um bom gostar. Travado um soltar De sentimentos Repudiou o decepcionar. Abriu os olhos A falsa esperança de criar.  

Minha e Meu

minha febre adorada meu porre de vodca minha doce angústia meu dia nascendo minha alma desencarnada meu filho não ejaculado minha casa mobiliada meu povo faminto minha droga injetada meu amigo confidente minha letra inconsistente meu verso corrompido minha poesia dilacerada meu motel preferido minha amante titular meu eu acróstico minha vida não temperada.
U m coração selvagem arrebenta a alma de um poeta caído. A tristeza se esvai para outras redondezas. A vida ganha um novo sopro na descoberta acidental. A pureza já perdida percorre novamente pelos poros da satisfação. Os olhos se fecham para receber o carinho. As mãos tocam lentamente o pulso de prazer. A beleza antes não era percebida. Agora há a entrega do sentir. O vazio some como se estivesse escorrendo pelos dedos. A pele se encontra com a outra e não desiste. A cabeça viaja em pensamentos recentes. Difícil acreditar no que está acontecendo. Os lábios exploram o desconhecido. As outras experiências se dissipam. O caos do início vira compartilhamento. A sensação se torna troca. O carinho, perfeição. As pernas se enroscam. A respiração alcança o ápice. O deslize é frequente. O rápido fica lento. Os beijos, permanentes. A explosão chega logo. A luz penetra os olhos. O gemido, vocalização. E o final é um trejeito. Logo se separam para repousar. O explícito fica tímido. As cobertas, c...