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Hoje eu quero a calma. Mas quero os versos da Hilda Hilst embalados com jazz. Miles Davis e café preto. Desejo frases que me dilacerem, que me deliciem a boca como pera colhida madura, como vinho vagabundo comprado com trocados. Eu quero os poemas mais absurdos do amor hiperbólico, das cantadas azedas e funcionais regadas com cerveja. Eu quero o sentimento em doses exageradas. Hoje eu quero sangrar os dedos numa corda de aço. Pegar o Sol sem Dó e concluir com Lá o seu. Quero dormir abraçado e quero ser ninado como o último coitado que derramou o sorrir em seu corpo. E, além de tudo, eu quero a calma em cama, com sua boa alma. lsh
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  Provoca o mar Ao se lançar Na inquietude Do resistir. Procura amar Na plenitude Da inconsistência Do conquistar. Povoa o caos Enquanto a calma Vem visitar Alguns instantes. Percebe então Que a solidão Pode ser abrigo Ao se ninar. Pensa no agora E se joga Nos abraços Do outrora.
Deixe-se, mar Aprofundar aqui Amar lá E agora. Deixe-se, flor Permita a pétala Propor O querer. Deixe-se, sol. O sal do gosto Do oposto Caos. Deixe-se, enfim. Em mim Seu corpo Cheiro de jasmim.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Nosso Sangrento Amor

  Eu faço seu ouvido sangrar Com as falácias profanadas Enquanto eu tenho o fálico Em vermelho no madrugar. Eu posto coisas em sua mente. Você diz que eu desvirtuo suas verdades. E eu respondo que deve ser por isso Que continua comigo. Mas no fim a gente ri, E aquilo que nos move É o sentimento que alimenta Mais um dia que promove. lsH
Os dias frenéticos me interrompem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
 Tudo Normal Tal e qual, até demais.  Teu sorriso amarelo A minha blusa preta O desgaste do pensar. Tal e qual, o sentimento As pessoas se doendo A raiva escorrendo E a vontade de amar. Tal e qual, o quê? Há tempos um buquê Não recebi, sabe você E o coração a coçar. Tal e qual, tudo normal Espero pelo dia Que talvez chegará Como um animal. Tal e qual, simplesmente total Aguardo um decreto E espero contente Aquele velho sentimental. lsH