Eu quero dançar nessa ventania Mas quero um bom par. No meu jeito quadrado Quero depois te beijar. Dois selos em paralelos Que podem se encontrar Depende do ritmo no Interferir do artifício. O destino só é conclusão Quando a gente quer Por isso leve a esperança Sempre pra onde puder. Menina, segure a minha mão Arraste o seu salto, Abrace essa luz fraca E lá do alto Façamos um bailar Meio desesperado, Meio aflito, Meio infinito. Léo Handa - Outubro/2015
Hoje eu quero a calma. Mas quero os versos da Hilda Hilst embalados com jazz. Miles Davis e café preto. Desejo frases que me dilacerem, que me deliciem a boca como pera colhida madura, como vinho vagabundo comprado com trocados. Eu quero os poemas mais absurdos do amor hiperbólico, das cantadas azedas e funcionais regadas com cerveja. Eu quero o sentimento em doses exageradas. Hoje eu quero sangrar os dedos numa corda de aço. Pegar o Sol sem Dó e concluir com Lá o seu. Quero dormir abraçado e quero ser ninado como o último coitado que derramou o sorrir em seu corpo. E, além de tudo, eu quero a calma em cama, com sua boa alma. lsh