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Hoje eu quero a calma. Mas quero os versos da Hilda Hilst embalados com jazz. Miles Davis e café preto. Desejo frases que me dilacerem, que me deliciem a boca como pera colhida madura, como vinho vagabundo comprado com trocados. Eu quero os poemas mais absurdos do amor hiperbólico, das cantadas azedas e funcionais regadas com cerveja. Eu quero o sentimento em doses exageradas. Hoje eu quero sangrar os dedos numa corda de aço. Pegar o Sol sem Dó e concluir com Lá o seu. Quero dormir abraçado e quero ser ninado como o último coitado que derramou o sorrir em seu corpo. E, além de tudo, eu quero a calma em cama, com sua boa alma.

lsh

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.