Revirando esse jardim de cactus, arranco coices dos espinhos da sua mão. Pouso lento no áspero repousar de seus lençóis e recebo um açoite na jugular. Minha visão escure. Ouço um último acorde. Não identifico se era Peter Gabriel ou Genival Lacerda. De fato, estava muito confuso. Sigo revirando, mexendo, bisbilhotando. Percebo cartas não seladas, antigas memórias de carbono 14. Cuspo sensações estranhas, resquícios da noite retrasada. Tudo misturado. Tudo ao mesmo tempo agora. Titãs? Sim. Amor, quero te ver cagar. Volto, retorno, choro. Um deles perfura meu tímpano que distraído deixa escorrer revelações. Maluquices. Doidices. Sandices. Serenata de prazer aos seus, que analisam as bases eletrônicas da contradição. Não cite O Jardim das Horas, pois estou com a Lurdez da Luz. Viro a página, como a palavra, devoro o fruto. Tenho agora em minhas unhas a sujeira da sua voz na cadência do seu samba embolado em um cigarro. Continuo a revirar. Raízes arrancadas surgem dos cadernos de pintar. A...