Os dias frenéticos me interropem os prazeres.
Os pequenos detalhes seguem despercebidos,
Nem a velha canção funciona e não emociona.
As horas estão lotadas neste pensamento aflito.
Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo.
Faço do coração apenas um pulso de sangue
E não vejo que de fato ele quer uma percepção.
Eu passo um risco no instante que quero.
Preciso de calma mesmo querendo o agito.
Fico aos nervos quando necessito de paz.
Recorro à memória e me sinto traindo.
Nos segundos falecidos eu vejo a derrota
E amplio com dicotomia, pois não é a verdade.
Trato o acaso como um passado empoeirado
E reflito neste pouco que nada está atrasado.
Tudo se trata de período contido
Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.