Meus pensamentos, ali, perdidos, meio tortos por acaso, meio mortos por destino. Recruto os devaneios para sobreviver loucuras, querendo viver muitas outras, sem sentido e sem censura, abusando do ciclo, da música e das fossas. Mas não desejo um troço, pelo contrário, anseio o nexo. Quero deslizar minha caneta em sua pele, tranquilizar os dados antes que atinjam a cerne, bocejar felicidades mesmo na preguiça, e fazer do ócio uma arte por ofício. Depois quero levantar a cruz e continuar o trajeto, tocar um banjo sem saber as escalas, e acompanhar no trumpete os solos corretos. Vejo um pouco míope o presente proposto, porém, acompanho o horóscopo sabendo que não terei desgosto. O mês de agosto é uma das rendenções. Faltam meses até lá, então, vou sorrindo aqui, cá e acolá. Em certas culturas, o riso parece igual. Tipo os japoneses e seus tipos de rir, ao contrário dos italianos, que esbanjam na garganta, sem vergonha de colorir. É meio assim, miscigenado, que devo prosseguir. É no amálgama que vem o sentir e o descobrir.
Meu pensamentos, ali, perdidos, catados aos poucos para serem montados em poemas delirantes que eu chegarei a concluir.