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Amor de plástico comprado em bordéis do Líbano
Com putas traficadas da Colômbia
Por pessoas nascidas na antiga União Soviética.
Amor de plástico adquirido na China
E importado pela Argentina,
Encontrado em esquinas próximas
Do estádio do Boca.
Amor de plástico vindo de ruas pato-branquenses
Trazido por imigrantes japoneses
Que atuam como médicos nas horas afoitas.
Amor de plástico do sul do Chile
Engarrado em belos vinhos latinos
Que são trazidos por muambeiros uruguaios
Pelas estradas do Rio Grande do Sul.
Amor de plástico comprado por caminhoneiros gays
Que viajam pela América do Norte
Com destino ao Canadá dos sonhos
Que franceses querem habitar
Amor de plástico inspirado em Disneylândia
De titânicos paulistas de outras Augustas
E querem ver amores cagar
Em bares coreanos do Brasil.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.