Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2016
Escondido ali, embaixo do guardanapo Um trato, bem tranquilo, como aquele menino Que tímido, sorria favores. Olhou distraidamente a mente fora Embora não queria ter visto Nem previsto o imprevisto De um ocasional aceno. Estava ali, perdido Um amor debaixo da folha seca Aguardando ser encontrado Enquanto contava as horas. Respira sua fumaça Na bagaça daquilo que é Seu cotidiano. Meridiano pensar se causou E o cansar apenas começou Mas, como previsto Tirou o seu par e dançou. lsH

Tudo Normal

Tal e qual, até demais.   Teu sorriso amarelo A minha blusa preta O desgaste do pensar. Tal e qual, o sentimento As pessoas se doendo A raiva escorrendo E a vontade de amar. Tal e qual, o quê? Há tempos um buquê Não recibo, sabe você E o coração a coçar. Tal e qual, tudo normal Espera pelo dia O qual talvez chegará Como uma surpresa animal. Tal e qual, simplesmente total Aguarda um decreto E espera contente Aquele velho sentimental.

11, mês qualquer

Hoje deu uma saudade pulsante. Saudade dos sábados vadios, do jeito que você dançava, do jeito que me enchia o saco. Saudade do seu carinho e saudade de fazer carinho em suas costas. Saudade do seu abraço, do seu olhar, do seu amar. Hoje bateu saudade de tudo, das suas músicas ruins até da sua teimosia. Saudade do seu ser indiferente enquanto eu sofria de pânico. Saudade das suas imperfeições. Saudade do seu jeito de rir, das suas caretas e da forma como você repousava suas coxas sobre as minhas. Saudade de ficar olhando para o seu pé quando deitávamos juntos no sofá. Saudade dos seus reclames. Saudades de como você falava que não queria ficar sozinho. Saudade das suas burrices. Saudade dos seus versos de carinho. Alguns eu guardei, outros, eu joguei. Saudade da sua voz desafinada e de quando tentava tocar violão. Saudade daquele dia quando você contou a verdade para sua irmã. Saudade de quando fui até a UTFPR levar o meu primeiro presente de aniversário à você. E você chorou. Saudade...

Clássico

A febre desse amor em clima pulsante E a sua garganta linda em minhas mãos. O tanque de uísque pousado na mesa E o estoque de alcatrão entre os vãos. Giro os olhos afoitos em direção aos dedos Enquanto seu suspiro tranquiliza o redor E a minha tentativa de invasão se torna certeira Conseguindo a compreensão do furor. Observo os detalhes dos poros do seu pescoço E o arrepio da pele morena que me fascina. Não há nada melhor do que essa vacina Ao menos para alguém que sentia uma carnificina. O levantar do seu sufoco fica calmo Enquanto a minha ânsia se torna plácida E aquilo que eu havia segurado Permito contigo soltar com pouco estrago. Bem devagar eu saio e alcanço o gole Bebido como leite pela boca úmida E acendo meu filtro branco como se fosse o primeiro De outros muitos que virão clássicos. lsH
é que temos pra hoje, seja como for das canções do exílio, meu exímio distorcido. do sofá a visão periférica  e ao seu lado um sorriso e do outro, um largo ferido. das pessoas daqui um beijo bem doce com o amor que precisamos, mas nem sempre é assim: criaturas são duras no interior.