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11, mês qualquer

Hoje deu uma saudade pulsante. Saudade dos sábados vadios, do jeito que você dançava, do jeito que me enchia o saco. Saudade do seu carinho e saudade de fazer carinho em suas costas. Saudade do seu abraço, do seu olhar, do seu amar. Hoje bateu saudade de tudo, das suas músicas ruins até da sua teimosia. Saudade do seu ser indiferente enquanto eu sofria de pânico. Saudade das suas imperfeições. Saudade do seu jeito de rir, das suas caretas e da forma como você repousava suas coxas sobre as minhas. Saudade de ficar olhando para o seu pé quando deitávamos juntos no sofá. Saudade dos seus reclames. Saudades de como você falava que não queria ficar sozinho. Saudade das suas burrices. Saudade dos seus versos de carinho. Alguns eu guardei, outros, eu joguei. Saudade da sua voz desafinada e de quando tentava tocar violão. Saudade daquele dia quando você contou a verdade para sua irmã. Saudade de quando fui até a UTFPR levar o meu primeiro presente de aniversário à você. E você chorou. Saudade daquela sua inocência, daquela sinceridade, que hoje, imagino, permanece, mas a inocência, não. 
Hoje deu uma saudade latente de você. 

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 

Férias

Finalmente curtindo as merecidas férias. O período de descanso é necessário. Aos poucos, estravasso o cheio a fim de alcançar o vazio. E assim vou enchendo novamente os novos cheiros, os novos sentimentos, as novas experiências e as novas mudanças. Tudo acompanhado ao som das ondas do mar, do oceano que banha as costas da Ilha do Mel. É incrível como este lugar me traz vigor, me renova. Por mais que sejam poucos dias, o proveito recicla a vontade de batalhar por mais um ano em um lugar que ainda não me encontro, não me solto, não exploro. Agora é sentar e relaxar o gozo de outras estações, ainda indefinidas nos planos e projetos que ainda não esbocei. Enquanto isso vou aproveitando as músicas que vão fazendo o meu verão. A nova bolacinha do Max de Castro não decepciona. Nem a coletânea do Blur. Mas o som da estação que vigora mesmo é o primeiro CD da Lauryn Hill. Uma delícia. E eu que achei que ia ouvir muito Jack Johnson. Que engano exacerbado. Ainda bem que errei.
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.