Para que serve essa porra de amor? Eita sentimento mais complexo que irrita. Agita o cérebro, emburrece. Na primeira manhã, café, doces, cigarros e beijinhos. No primeiro mês, ainda. No segundo mês, também. Depois, desgaste. Café, doces, cigarros e beijinhos misturados e jogados no chão. O líquido preto, amargo. O chocolate, meio-amargo. Os cigarros, amassados. E os beijinhos podem ficar enjoados. O que um não quer, dois não sentem. Quand o se tenta colocar ambos os corpos no mesmo espaço, nem sempre é fácil se ajeitar. Afinal, são duas cabeças e personalidades na divisão do local. Ainda no início, óbvio, o encaixe é perfeição. Abraços apertados, mãos entrelaçadas, pernas encostadas, olhares compenetrados e lábios encaixados. Depois, corpos meio tortos, mãos nada firmes, pernas amolecidas, olhares míopes e bocas rachadas. Frescor na linha de partida. O dado é jogado, algumas casas são avançadas, a novidade é linda de morrer e o coração o órgão pulsante que vai levando harmoniosamente o...