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Mostrando postagens de outubro, 2017
Nossa Senhora da Refação, dai-me tranquilidade, pois se me der coragem, eu rasgo o lay-out na frente do cliente. Iluminai a mente da pessoa que reprovou a arte e inspiração ao criativo que precisará ser fantástico para fazer um jornal mural. Namastê, digo, amém.
O amor no anoitecer, estremecendo o lábio que vazando assobia: vamos partir. O sorriso nasce como um sol que anuncia renascimento-morto. O povo ignora o sofrimento de um término, mas esquece que da dor uma força bruta, brota. E o pôr-de-algo vem surgindo rabiscando o céu com tintas laranjas. O reflexo no olhar enaltece o gostar. O lábio agora se abre e no outro se fecha, com o astro rei se despedindo e avisando: amanhã, novamente, eu brilho.
Trago aqui os olhos Que admiraram Sua feição em instante. Quero hoje Aquilo de ontem E constante.

O volátil amor baseado na cibernética

Para que serve essa porra de amor? Eita sentimento mais complexo que irrita. Agita o cérebro, emburrece. Na primeira manhã, café, doces, cigarros e beijinhos. No primeiro mês, ainda. No segundo mês, também. Depois, desgaste. Café, doces, cigarros e beijinhos misturados e jogados no chão. O líquido preto, amargo. O chocolate, meio-amargo. Os cigarros, amassados. E os beijinhos podem ficar enjoados. O que um não quer, dois não sentem. Quand o se tenta colocar ambos os corpos no mesmo espaço, nem sempre é fácil se ajeitar. Afinal, são duas cabeças e personalidades na divisão do local. Ainda no início, óbvio, o encaixe é perfeição. Abraços apertados, mãos entrelaçadas, pernas encostadas, olhares compenetrados e lábios encaixados. Depois, corpos meio tortos, mãos nada firmes, pernas amolecidas, olhares míopes e bocas rachadas. Frescor na linha de partida. O dado é jogado, algumas casas são avançadas, a novidade é linda de morrer e o coração o órgão pulsante que vai levando harmoniosamente o...
Vento horizontal em obtuso caso Perfurando leve o pensamento sujo. O lençol molhado em cama seca E a tez deitada esperando agrado. Caráter esfacelando em combustão E olho em sal um tanto maltratado. Vento horizontal levante em grau E um pouco de veneno com cal Enquanto avalia o desejo pensado Enfraquecendo-o na segunda base. As pálpebras desistem de lutar E permitem um doce madrugar. lsH
Deixe-se, mar Aprofundar aqui Amar lá E agora. Deixe-se, flor Permita a pétala Propor O querer. Deixe-se, sol. O sal do gosto Do oposto Caos. Deixe-se, enfim. Em mim Seu corpo Cheiro de jasmim. lsH
um gole de derrota nesse asco.  um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece). lsH.
Estava eu, contente, ouvindo Roberta Campos no iPod. Estava eu, distraído, passeando pelo calçadão de Pato Branco, pensando nos versos. Estava eu, sorrindo sozinho, imaginando a letra cantada por você junto ao meu ouvido. Estava eu, olhando a Igreja Matriz e vendo a estátua de São Pedro rindo para mim. Estava eu, olhando o céu e cansado de usar esses gerúndios fajutos. Estava eu, totalmente perdido, pedindo por um abrigo. Estava eu, em mente, solicitando um abraço seu. A chuva começou naquele momento, como se estivesse lavando a minha dor por amar demais. A minha dor por ser mártir demais. A minha dor por acreditar demais. A minha dor por te querer demais. Estava eu, caminhando, dando razão à Roberta Campos. A música acabou e meu pensamento voou.
Agora quero sentir outra vez as ondas acertarem as minhas pernas. Quero de novo o sol fuzilando os meus olhos. Quero um sentimento dilacerando a minha alma. Quero me sentir livre no local de felicidade. Não quero lembrar das canções ruins. Não quero ler os textos de perdição. "Quero um amor com pedaço de fruta mordida". Sinto que o retrocesso não é a ocasião. Não procuro em nada a perfeição, já que a imperfeição sempre me chamou mais a atenção. Gosto do cheiro dos perdedores , da fumaça desgraçada que se espalha pela maresia. Adoro descer no trapiche das memórias poéticas e livres. Encontrar nos rostos dos admiradores da ilha uma verdade que volta a ser virgem devido ao lugar que emana descontração. Pessoas que antes tímidas descobrem um sopro de alegria de pura combustão. Uma liberdade não alcançada entre os fios de conexão. Quero aquilo que nunca deveria ter saído. Visualizar o novo que ainda não foi criado. Descobrir um capricho não revelado. Desfrutar da carne não...

Amores daltônicos

Ah, esses amores Que não enxergam As cores Enquanto aqui Vislumbramos Diversos sabores. Ah, esses casos Que desidratados Nos tragam Em muitos acasos. Ah, esse sentimento Meio vesgo Que sem querer Interrompe o momento. Ah, essas paixões Que causam Machucados E deturpações. Ah, minha amiga Somos dois cegos Que não praticam Desapegos. lsH