Esse Meu Doce Matar
Quebrei a cara.
Que cara eu sigo?
Persigo o curto.
O caminho fácil.
Qual a graça?
Pergunta simples.
Sigo errado.
Pelo menos, acho.
Se acho,
Certeza
Não tenho.
Mas se tenho algo
Algo talvez
Eu sinta.
Analiso
E sintetizo
O que escapa.
Um mapa
De fragmentos
Descolados na memória
Soltos por aí
Em ilhas digitais
Sem reset
Sem delete
Sem gilete
Sem deleite.
Troco um destino
Por dois carinhos.
Mas tenho
Carência?
Só aderência
De permitir
Meu egoísmo.
Penso
Logo, resisto.
Desisto
Ao contrário
Pois sou
Bem otário
Quanto ao sentimento.
Queria o inverso
Mas serei frio?
Não entendo.
Compreendo que afasto
Todavia é meu erro?
Porém, contudo, senão?
Quem sabe você
Que me abrirá
Abrigará aqui
Uma resposta acolá.
Enquanto isso,
Vou ali
Sozinho fumar
Algo que
Pelo menos
Me faça sentir,
Nem que seja
Esse
Meu
Doce
Matar.
lsH
Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.