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Mostrando postagens de agosto, 2018
Longe, bem longe. Estado separado. Sinto tremendo, Afeto meu, desespero. Inseguro ar puro Apurado em feto Amputado nunca. Queria o jeito Daquele falado. Bem estreito Adentro íntimo. Tem que ser Com significado Com signo Com significância. Sem vingança Sem cretino Sem certificado. Tem que ser No ser tendo A serenidade obtendo. lsH

Laputa

Emprega em minha prega O seu lamento diário. Fraco argumento para despregá-la Mesmo sendo eu Uma puta sem documento. O meu amor está em guerra E o seu olho me fere em fera A sua guitarra me distorce Mas tenho o ouvido ferido. Reclama afoito o coito Não deixando mais do que um troco. Desconversa em público verso Para depois jogar o inverso Que não entendo anexo. O seu amor não é pagável Inviável sentimento apresentado Sentado me quer nua Naquela nuance absurda e muda. lsH
Uma linda canção arrastada transformou o seu holograma em matéria, em tátil, em massa. Ainda com os olhos fechados eu procurava enxergar com as mãos, somente para descobrir cada intimidade da sua pele. A música chegou ao final. Aquela mesma e manjada nota derradeira fez tanto sentido na profundida castanha dos seus cabelos que, de fato, não vi. Após abertos, percebi como o tempo e o destino revelaram tardiamente a sua presença, "que entrou pelos sete buracos da minha cabeça",  como cantou Caetano. Afinal, o baiano é a nossa satisfação sonora dividida e contemplada. Mesmo assim, me pergunto: - Por que só agora? Tínhamos de ter tido outra oportunidade. Se fosse um ano antes, o diferente se faria presente, as angústias seriam açúcar, os dizeres, coloridos, e os beijos, não clandestinos. Mas, como "os infernos são os outros", basta continuar com os olhos fechados. Meia-luz, meia taça, meio vinho, meio assim. Meio abraço. Metades. Sejamos. O meu grito foi de fúria. F...
um sono bipolar. seja lá o que isso queira dizer. não venha. o quê? não tenho opção. como assim? não quero mais sonhar, continuar, prolongar. não sei do que você está falando. nem queira, não faça, nem peça. mas o que há? não há, exatamente isso. todos temos problemas, eu sei, existe contorno. não! só em traços da faber castell, não quero iniciar mais uma palestra a respeito dos sentimentos. sem dúvida, nem quero ouvir. então trate de fazer como aquele pintor e corte as suas  orelhas. como? chega! mas qual o motivo? que seja qualquer um, já tenho tantos que nem mais quero lembrá-los. muito complicado, viu? então não veja, fure os seus olhos com pregos enferrujados, contraia tétano, fique estrábico, rasgue a retina. nunca te percebi assim, nunca te senti tão frio. então não sinta, perca o tato, retire as digitais, queime as mãos. prefiro, agora, não ter provado o gosto. ótimo! aproveite e pegue o seu cheiro e o arremesse para bem longe daqui junto as coisas que doei, que gastei, que...

Negro Castelo

seu maldito, meu coração apostaria um novo ritmo mas com ele, o meu ouvido se alimenta de emoção. não deixe o abandonar causar um furo no tímpano que vaza lamentos e agradece sortimentos. seu maldito, o seu passado é melhor do que qualquer presente. Mesmo ausente confio a ti o seu ensinamento. lsH