Um coração leviano invade essa cama, até então abrigo de um único corpo desnudo e maltratado. Os lençóis, agora trocados, parecem respirar em homenagem à presença que perfuma o quarto. Um sorriso agora é peça fácil nos lábios que outrora sangraram o delírio do mal-estar de várias paixões. Um brilho no olhar é presença constante em noites onde a insônia é bem-vinda.
Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.