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 O tal conceito de burocracia é amplo (o que é uma merda), mas se caracteriza por um sistema hierárquico que, dizem, é repleto de divisão de responsabilidade. Também pode ser lembrado como uma administração cheia de divisões e regras, sobretudo. Ou seja, resumidamente grotesco: totalmente desnecessária ao funcionamento de um sistema.

Ardem-me os olhos quando algo tão simples precise ser analisado por um conjunto de habilidades que, por fim, quase se tornam dogmas que todos reclamam, porém, quando ali vividas e inseridas, fazem delas aliadas.
Balzac, em sua sã-loucura, vomitou que a burocracia é um sistema gigantesco gerido por pigmeus. Melhor tradução não há caso a frase seja degustada no sentido pejorativo, sem qualquer descriminação aos pigmeus, mas sim, às pessoas de pensamento pequeno.
É lamentável, ainda mais em redes sociais, quando se menciona ou se lembra de algo semelhante. Apesar de necessário o bom senso, a audácia e a criatividade não devem ser mal-tratadas por causa dela ali em cima citada.

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Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about. 

Os meus beijos mais sinceros

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Imaginando...

Um copo de conhaque acompanhado de uma tosse chata. A voz rouca por causa dos muitos cigarros e do exagero da noite passada. A meia-luz serve de distração para o inseto que nem percebe a sua real insignificância. A janela um pouco aberta. Apesar do frio, muito odor no quarto de um prédio de classe-média. A fumaça vai bailando encontrando o ar da rua que insiste em ser a veia dos poluentes mecânicos. Acho que estou com um pouco de febre, sei lá. O bicho na lâmpada está começando a me incomodar. Logo esqueço. Leonard Cohen amortece os meus tímpanos e eu, em transe, me transporto para um campo de aveia. Fecho os olhos. Estou correndo sem direção alguma, só sentindo o vento morno adentrando os meus poros faciais. Sigo como um alucinado acreditando ser o humano mais feliz do mundo somente por causa do sol em meus lábios. O azul do céu é de um absurdo tão belo que praticamente esqueço que existem outras cores. O bardo canadense continua embalando, satisfazendo a minha sensação única de l...