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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Querido Chico,

Somente hoje ouvi com atenção "Almanaque", disco que você lançou no ano do meu nascimento. Não tinha conhecimento do trabalho que foi gravá-lo, da batalha que enfrentou entre duas gravadoras e da linda história da canção "Angélica". Incrível como continuo aprendendo ao ouvir suas músicas. Tenho até vergonha de dizer que, num primeiro momento, não entendi "A Voz do Dono e o Dono da Voz". Imagino que, nos dias atuais, com as grandes gravadoras decretando falência, deve sublinhar um belo orgulho em seus lábios, devido ao conteúdo e crítica da composição. Em tempos de downloads gratuitos, os mais jovens nunca saberão o que você passou. Apenas gostaria de agradecer por mais esse ensino que o senhor me proporcionou nessa noite. Com amor, Léo
Tenho olhos que atingem O aflito Eles se convergem No grito. Nas paralelas O planalto é um salto Que no infinito Não encontra abrigo. Tenho olhos, que vertigem, No rito Ela se despede No ritmo. Das trocas de favores Que os senadores Pensam Que compreendem.

Poema de Carnaval

  Daqui, te ouço Véu esverdecido. Meu corpo, entorpecido Deseja repousar Em seu manto. Mas agora, apenas escuto E transmito em comunhão Uma paixão Que me consome Em doses moderadas O meu coração. Meus olhos, eu fecho E imagino nua A sua carícia Mesmo não virgem De uma pureza Esplendorosa. Carinhosa, como és Tão límpida, sua tez Não te quero no talvez.