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Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2008

6h28 e 23 segundos

5h da manhã. Ainda estou aqui. Não sei mais o que fazer. Um pequeno desespero desce seco pelo olho. Seria emo se eu seguisse o movimento. Aliás, se trata de um? - Não precisamos saber, só quero entender se chegaremos vivos até a próxima estação. Um estágio pulamos, dois obstáculos passamos... - E agora você retrata a mesma conversa das 4h. Não é necessário explicações, outras ilusões já apareceram. Eu entendo o seu monólogo, a sua concepção. Basta sorrir, então. 6h15. Qual a conclusão? A fome está incomodando. Cadê aquele pedaço de bolo de aniversário? Eu lembro de tê-lo deixado atrás da manteiga. O refrigerante perdeu o gás? O leite azedou? De fato, sem a minha presença as coisas estragam. 6h20. Está louco? Agora fará metáforas da daquilo que ingerimos? Muito te pus para dentro. Confesso, já tive indigestão. Não acredita? Eu repito e amplio, em certas, senti repulsão. Não preciso provar. 6h25. Que merda! Até então estávamos conseguindo manter um padrão descente. Você sempre optou pela...

Décimo Segundo Ato: Concepção

Sísmico símio saltitante derrubando nações. Sem sentido algum quero retratar. Falo por falar, já que coerência está sem aderência. Nem tente entender, a minha confusão cerebral é pura síndrome. Retrato com subjetividade a idade do céu. Calado, então, sigo ao fim do mundo. Raspo o fundo com a língua de veneno a qual alimentei. Não tenho culpa do regresso, só que sempre fico perdido no passado, no presente e no futuro. Tenho minha parcela de culpa na interpretação dos verbos. Foice voraz em velocidade máxima permitida, cortando mais do que as veias da América Latina, destroçando o coração mais inocente da nação. A criança nua percorre o forte ácido do sobreviver. O suco gástrico é bebido pelo bode da compreensão. A digestão interrompida plácida em um campo de trigo vomitado. Não queira a bulimia exacerbada das letras cerebrais. Não há sentido para retratar. O aviso é somente para lembrar, pois mensagens estão a calhar. Portanto, vá passear, comer algo diferente, visualizar outra paisagem...

Poesia Praiana

Salgado em uma poesia praiana , curtindo Acabou Chorare , imaginando um ano paralelo de encontro e satisfação com aquele frescor litorâneo. Sigo pelo caminho ainda projetado por sonhos não terminados. O sol, ao banhar o meu rosto, aquece os planos possíveis. Confesso que o meu lado niilista continua aniquilando as pré-determinações que rabiscamos naquele papel de guardanapo. O amarelo cobre hoje as frases tortas escritas com caneta Bic. Tudo mudou. Volto ao trajeto das trilhas cobertas pelas folhas de outono, estação de aniversário e lembranças de puras sumidades. Eu queria sentir novamente aquele calor de seus braços e o toque moreno de sua pele. Um dia, como você falou, a volta trará a argúcia das tardes vadias na rede, no balanço da maré, nos passos calmos marcados na areia. Espero que o meu processo estilo A Concepção não se faça presente, afinal, a sua presença preenche os sete buracos da minha cabeça. Caetano sempre me deu razão. E vazão. Destilo dos meus poros outra letra de ma...