Cálice de fel
A ser bebido
Pelo amor concebido
No último dezembro
Agora é repassado
A outro caso corrompido.
Jorra do pulso
Um menino arrependido
Que deu um beijo sustenido
Em um roubar adormecido.
O olhar inocente apresenta
Uma vontade compartilhada
Quando nunca esquecida
Abraçou o desconhecido.
Engole o amargo
Do cálice final
E o ano acaba
No belo repouso
De posição fetal.