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Conquista

Melancolia. Talvez seja. Não sei dizer ao certo. É um híbrido de tristeza quando o pensamento se perde em sua boca de riso torto. Trafego aflito nessa direção que nem mesmo a bússola sabe a correlação. O giro aflito me guia em uma música que relembra e capacita a dignidade da dor. "Quando o sol brincar no outono sentirá no meu sorriso. E com um beijo roubado em segredo saberás que eu te admiro com amor".

Fico tonto ao deitar o percorrer da noite, dentro da imaginação absurda que corrompe o céu dos meus olhos e derruba outras chuvas. Quando a pele cicatrizou, surgiu uma nova navalha para rasgar a cura. Eu me deixei abusar na perdição desse algo que aos poucos arrebatou a cerne, o físico e o coração. O lado sentimental permiti extrapolar. Mas talvez tenha me antecipado e errado.

Cabe agora o tempo esperar, para a angústia do meu ser sofrido e segurado pela fluoxetina de cada dia. O tumor negro cerebral empurra o fluxo de um retorno que poderá surgir. Menos mal ao desavisado que brincou de joguete com a flácida vida que aqui dentro regurgita. Procuro semear o desejo do fruto tranquilo que, com o outro, seguirá em mares brandos. Não pretendo ser estorvo. De repente não era mesmo amor, apenas uma conquista que perdeu o encanto em uma noite especialmente inesquecível para mim, quando o sabor do gesto adentrou o âmago salientar da minha retina.


E agora, devo esquecer?

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.