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Conquista

Melancolia. Talvez seja. Não sei dizer ao certo. É um híbrido de tristeza quando o pensamento se perde em sua boca de riso torto. Trafego aflito nessa direção que nem mesmo a bússola sabe a correlação. O giro aflito me guia em uma música que relembra e capacita a dignidade da dor. "Quando o sol brincar no outono sentirá no meu sorriso. E com um beijo roubado em segredo saberás que eu te admiro com amor".

Fico tonto ao deitar o percorrer da noite, dentro da imaginação absurda que corrompe o céu dos meus olhos e derruba outras chuvas. Quando a pele cicatrizou, surgiu uma nova navalha para rasgar a cura. Eu me deixei abusar na perdição desse algo que aos poucos arrebatou a cerne, o físico e o coração. O lado sentimental permiti extrapolar. Mas talvez tenha me antecipado e errado.

Cabe agora o tempo esperar, para a angústia do meu ser sofrido e segurado pela fluoxetina de cada dia. O tumor negro cerebral empurra o fluxo de um retorno que poderá surgir. Menos mal ao desavisado que brincou de joguete com a flácida vida que aqui dentro regurgita. Procuro semear o desejo do fruto tranquilo que, com o outro, seguirá em mares brandos. Não pretendo ser estorvo. De repente não era mesmo amor, apenas uma conquista que perdeu o encanto em uma noite especialmente inesquecível para mim, quando o sabor do gesto adentrou o âmago salientar da minha retina.


E agora, devo esquecer?

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.

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