Dói sempre quando insisto em seguir os seus caminhos digitais. É praticamente meu auto-flagelo. Não sei o por que disso. Dói ainda mais quando leio suas palavras dizendo que o ama. Meu coração bate mais forte, sinto que terei um AVC, que meu cérebro vai parar, que meu mundo vai morrer. Fica a percepção de que tudo o que foi dito era mentira, que servi de fantoche para algo que nem sei. Parece que as coisas, para ti, foram uma farsa, uma brincadeira de adolescente conquistando-me como se eu fosse um mero prêmio, um mero desafio de verdade ou consequência. Senti-me ultrapassado por seu suposto explorar.
O último escrito dizia que você correria atrás, mas começo a duvidar, tamanha declarações amorosas que eu vejo serem dedicadas ao outro. Então é isso? Como vou pensar o contrário se até semana passada estava tudo ruim e agora até a saudade dos beijos dele você sente? A tristeza escorre delicadamente pelo meu rosto.
Minha alma já cansada agora pede para parar. Foram tantos desencontros informacionais de tramóias que quase derreteram o meu cérebro. Eu estou sofrendo, como estou. E não tenho ideia alguma de como você está procedendo a história junto aos outros. Machuca. Cutuca. Esfola. Sangra. Dilacera. Provoca.
Agora fico a duvidar de tudo. Não consigo acreditar quando disse que iria terminar. Eu me cortaria para continuar, eu levaria uma bala se fosse preciso. Eu arriscaria a última saúde que a minha cabeça ainda permite. Mas, pelo jeito, tenho que me contentar com a morte lenta.