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Morte |Lenta|

Dói sempre quando insisto em seguir os seus caminhos digitais. É praticamente meu auto-flagelo. Não sei o por que disso. Dói ainda mais quando leio suas palavras dizendo que o ama. Meu coração bate mais forte, sinto que terei um AVC, que meu cérebro vai parar, que meu mundo vai morrer. Fica a percepção de que tudo o que foi dito era mentira, que servi de fantoche para algo que nem sei. Parece que as coisas, para ti, foram uma farsa, uma brincadeira de adolescente conquistando-me como se eu fosse um mero prêmio, um mero desafio de verdade ou consequência. Senti-me ultrapassado por seu suposto explorar.

O último escrito dizia que você correria atrás, mas começo a duvidar, tamanha declarações amorosas que eu vejo serem dedicadas ao outro. Então é isso? Como vou pensar o contrário se até semana passada estava tudo ruim e agora até a saudade dos beijos dele você sente? A tristeza escorre delicadamente pelo meu rosto.

Minha alma já cansada agora pede para parar. Foram tantos desencontros informacionais de tramóias que quase derreteram o meu cérebro. Eu estou sofrendo, como estou. E não tenho ideia alguma de como você está procedendo a história junto aos outros. Machuca. Cutuca. Esfola. Sangra. Dilacera. Provoca.

Agora fico a duvidar de tudo. Não consigo acreditar quando disse que iria terminar. Eu me cortaria para continuar, eu levaria uma bala se fosse preciso. Eu arriscaria a última saúde que a minha cabeça ainda permite. Mas, pelo jeito, tenho que me contentar com a morte lenta.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.