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A garoa fina dá o tempero. Na sala, em um velho aparelho de som, uma linda canção embala o ninar das horas. Os olhos se fecham e ele pensa naquela situação que chamam de amor. Sua cabeça ainda arde memórias frias, mas a música ajuda como se fosse nicotina para um fumante.

O coração lembrou traições e pulso um gole de sangue mais intenso pelo corpo. A dissonante adentrou o tímpano e conquistou alívio. Ele queria tudo de novo, no entanto, sem a dose do sofrer. Hoje se encontra em outro plano e quer viver mais emoções ao lado de um fruto doce, que veio como salvação. No entanto, a perfeição ainda não pode se realizar, pois não pode tê-la completa.

Ele continua pensativo, confortavelmente abraçado pelo edredon, seu companheiro mais fiel. E a canção continua a acalmar sua ansiedade de pegar o telefone e realizar uma cagada. Mas a mente funciona mais do que a emoção.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).