Meu nome é Leonardo Silveira Handa. Jornalista. Perdido. Achado. Amante. Radialista.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

retrospecto_2011

Falhei. O início deste ano foi repleto de falhas e uma decepção que me cortou o cerne, jorrando aos prantos um sofrimento que eu achava ser interminável. O fruto da morte percorreu novamente as veias, mas pedi licença para ela, mandando-a embora. Mesmo assim segui viagem e quase surtei em um silêncio terrível que me maltratou as cordas vocais. Lembrei daquele período tristíssimo vivido pela Marina Lima e acabei me identificando ainda mais com o trabalho da cantora. Algumas de suas letras eram lembradas por mim como verdadeiros mantras de alcance para a paz.

Os quatro primeiros meses foram de uma infinidade idiota de melancolia que escorria aos litros pelos canais. A desidratação era plena. O corpo se esvaziou. E, novamente, passei a desconfiar de tudo e de todos. Acreditei que depois daquela decepção, eu nunca mais seria capaz de dividir algo, fosse uma simples conversa ou um abraço camarada.

A turbulência cerebral, controlada a base de muitos medicamentos, a cada hora se tornava pior. Nunca tinha sentido tanta dor desde o falecimento da minha avó. A superação foi surgindo em doses tímidas, graças a muitos conselhos do Google. As lamentações surgiam subjetivas através de textos obscuros e aos poucos fui deixando a casca se quebrar. Mas, mesmo assim, eu precisava tomar uma atitude maior: abandonar o que me mantinha ocupado para trabalhar melhor a mente. Dessa maneira, larguei a sala de aula e fui me tratar, pois um problema de saúde tinha retornado. Esse tempo era e se revelou, mais tarde, extremamente necessário.

Durante este período, alguém acabou se aproveitando da minha fraqueza e, novamente, eu falhei como um garoto que se dedicou nos estudos, porém, falhou no momento da prova por puro nervosismo. Entreguei-me, deixei-me levar por uma pessoa que dizia possuir determinados sentimentos que foram se revelando mentiras. Infelizmente, existia uma outra pessoa no caminho que, involuntariamente, acabei magoando profundamente. Tive uma grande parcela de culpa? Lógico, mas deixo claro que nunca persegui ninguém.


O resto? Fica para o próximo tópico...