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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Mais uma lamentação

Bateu. Aquela saudade veio novamente me visitar. Não sei o que aconteceu. Até então eu estava conseguindo controlar, mas o cérebro insiste em provocar enganos. Será que você me bloqueou? Creio que sim. Como podemos nos ater e nos preocupar com esses detalhes on-line tão cretinos? Não lembro onde li, acho que foi nessas timelines diárias. O escrito dizia que só vamos esquecer de fato quando não existir amor e muito menos ódio. Uma dessas partes ainda existe. Por isso percebo que não consegui. Aí fico eu e minha mente se lamentando em silêncio, aguardando alguma surpresa do destino. Bem que tinha encontrado outro amor, mas já tinha namorado e atrapalhei uma relação linda. Sorte que voltaram e espero que estejam bem. Enfim, fica aqui mais uma lamentação.

O disco

Sábado. O horário de Verão acabou e com ele, tomara, aquelas memórias quentes de retorno. Ao menos era o que esperava Clarice. Em frente ao espelho do banheiro, à meia noite, ela ia dizendo adeus a certas viagens cerebrais. Apesar de chapada, arrancava a sobrancelha delicadamente. Não sentia aquela dorzinha. Acabara de voltar de mais uma noite vadia, daquelas que você esperava alguma surpresa, mas nenhum malandro tentara algo mais afoito. De duas umas: ou sua roupa não estava atraente ou todos eram gays. Se bem que ela perdera a virgindade com um. Se bem que ela não esperou muito. Estava de vagina cheia e o banheiro do bar estava em péssimo estado. Resolveu ir embora mais cedo. Continuou se olhou no espelho, com a pele toda vermelha e pelinhos da sobrancelha espalhados pela pia de mármore branco. Se sentia como uma personagem do Chico Buarque. A chuva trazia um alívio por causa do mormaço, do cerebral e da estação. Após 15 minutos seguiu até o som 3 em 1 e puxou um LP do Allman Brothe...
Enfim, fim. Sem objetividade. Querer exterminado. Vômito de madrugada. Enfim, fim. Subjetividade latente. Crente no passado. Pensante no presente. Enfim, fim.

Querer aberto

Sacríficio coração, desperdício sentimental Fossa em catarse, vento diagonal. Lágrima em transe, perfeição arrebentada Crise de mentira, tira interrogada. Versos soltos, solturas involuntárias Velcro indefinido, beijo interrompido. Poluição amorosa, dengosa solitude Altitude interminável, queda paixonite. Verborrágico cantar, cheirada afetuosa Nariz em giz, pó destruído. Heroína nua, pelo em corpo. Olhos cerrados, coração em vida. Poesia fechada, querer aberto! Leonardo Silveira Handa
Não sei o que pensar. Todas as manhãs, pelo menos, são a mesma coisa. Só não sei por que insisto. Eu acordo com a ansiedade que você me causava outrora. E hoje, nem o tenho mais. Estou destruindo sim a minha sanidade. Quanto mais louco fico, mais penso em ti. Como eu queria te ver mais, trocar mais sentimentos contigo. Mas você desistiu do meu ser. Penso váras vezes em te reconquistar. Eu sei que não consigo. De repente, não sou suficiente. Você dizia que sim, mas eu sentia que não. Tantas noites mal-dormidas por sua culpa. E mesmo assim, eu o amo. Dinheiro, volte para mim!

Aspecto, local e clima

2011. 2010. Estava lembrando. Eu entrava em sala com uma empolgação, mas logo ela se evaporava quando eu via os rostos. No início de cada semestre era muito divertido, só que funcionava como um sexo sem compromisso: depois da gozada, a brochada rápida. Por isso digo que lecionar é uma tarefa árdua, quando não tem romantismo, tudo é sem sentido. Eu ficava lá na frente, tentando, além de repassar o conteúdo, ser o entretenimento da noite. Meu lema era: se não tem diversão, não vale nada! Apesar de nem fazer um ano que larguei a sala de aula, não sei se teria culhões para aguentar as sabatinas noturnas. Por mais que eu não gostasse do silêncio, o falatório em paralelas me desconcentrava de uma maneira mortal como se um Hitler incorporasse a minha alma. Às vezes eu explodia, mas de forma moderada, pois sou educado o suficiente e nipônico por natureza. O estado emocional da época também não contribuiu. Fui despedido sem justa causa de um namoro nada convencional (não para o padrão da outra ...