Hoje, particularmente, estou com uma preguiça de viver. Isso não quer dizer que quero me matar. Só estaria mais confortável em casa, esparramado no sofá, assistindo algum filme do Wes Anderson ou escutando R.E.M. Mas como é preciso labutar, cá estamos no trabalho, com um sorriso desenhado estrategicamente e fazendo as coisas necessárias.
O dia está tão bonito lá fora. Friozinho e céu azul. Poderia estar aproveitando de uma forma muito mais prazerosa. Como não posso, vamos olhando a cada minuto o ponteiro do relógio consumindo o nosso tempo de vida. Isso não quer dizer que quero me matar ou que estou cansado da vida. Não. Só queria degustar de um café na Letra, lendo a última edição da Trip, ou, como já disse, ficar lá jogado no sofã. Deve estar passando um filme bem legal na Sky. Mas...
Hoje, particularmente, também estou descontente com o trabalho. Não com o que faço, mas com o que recebo. Acho que esse acúmulo de funções tem me deixado cada vez mais confuso. Não lembro quem disse: aquele que sabe fazer tudo, na verdade, não se especializa em nada. E atualmente sou assim, chuto a bola, cruzo, cabeceio e ainda defendo no gol.
Sem falar na remuneração... É boa? Sim, mas estou começando a achar insuficiente. E isso cansa...
Chega de reclamações. Eis que volto á labuta.