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Hoje, particularmente, estou com uma preguiça de viver. Isso não quer dizer que quero me matar. Só estaria mais confortável em casa, esparramado no sofá, assistindo algum filme do Wes Anderson ou escutando R.E.M. Mas como é preciso labutar, cá estamos no trabalho, com um sorriso desenhado estrategicamente e fazendo as coisas necessárias.

O dia está tão bonito lá fora. Friozinho e céu azul. Poderia estar aproveitando de uma forma muito mais prazerosa. Como não posso, vamos olhando a cada minuto o ponteiro do relógio consumindo o nosso tempo de vida. Isso não quer dizer que quero me matar ou que estou cansado da vida. Não. Só queria degustar de um café na Letra, lendo a última edição da Trip, ou, como já disse, ficar lá jogado no sofã. Deve estar passando um filme bem legal na Sky. Mas...

Hoje, particularmente, também estou descontente com o trabalho. Não com o que faço, mas com o que recebo. Acho que esse acúmulo de funções tem me deixado cada vez mais confuso. Não lembro quem disse: aquele que sabe fazer tudo, na verdade, não se especializa em nada. E atualmente sou assim, chuto a bola, cruzo, cabeceio e ainda defendo no gol.

Sem falar na remuneração... É boa? Sim, mas estou começando a achar insuficiente. E isso cansa...

Chega de reclamações. Eis que volto á labuta.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.