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Boa noite. Café tomado, cigarro fumado e um pensamento atrapalhado. Dias atrás, após assistir "A Concepção", entrei em batalha discursiva com uma amiga. Ela dizia que não curtia filmes sem sentido. Nessa categoria se encaixava o longa-metragem em questão. Como é peculiar da minha personalidade, contestei. Afinal, particularmente, amo a película e o jeito que o José Eduardo Belmonte conta as suas histórias. E não vejo o enredo como sem razão ou objetivo.
Para tentar provar algo, contextualizei com a nossa situação, com o nosso grupo de amizade. No enredo do filme, pessoas lunáticas formam um movimento, cujo nome é o título do longa. A principal regra é: seja uma personalidade nova a cada dia. No nosso caso, não somos assim. Não diariamente como os personagens da ficção. Mas, o que vem à discussão é o fato de que, devido a monotonia, eles montaram algo que todos queriam em comum. E um dia, nós, na realidade, também fizemos, só que menos autoral, menos performático, menos corajoso e menos original. E foi aí que pecamos.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.