Um daqui, outro lá
Um olhar acolá.
O cigarro, companhia.
O espelho, a testemunha.
Um beijo, sim, dois, talvez.
Mas o enxergar registra
E a imagem, sinistra.
Ao ver do outro, claro.
Uma risada mais alta
A luz automática se acende
E pretende flagrar
O que flagrado já foi
Para depois se calar.
Agora aqui, depois, sei lá
O cigarro continua
A imagem torna nua
E a verdade do clichê
Continua sendo crua.