Cá estou. Uma segunda-feira daquelas. Terríveis, como sempre. Não há pior dia da semana. Alguns otimistas me jogam um pouco de incentivo. Nada adianta. Acordei da maneira mais bosta possível, tendo um daqueles ataques de pânico que adoram me maltratar. É muito amor para pouco corpo. Um amor sádico, que nutre o desejo de se instalar em meu cérebro como hospedeiro predileto, como criança que não quer sair do playground. Meu café ficou fraco, meu olho não para quieto, insiste em tremer e não consigo focar em algo que valha a pena. Não se trata de exagero: segunda-feira é sempre o dia do fim do mundo. Sempre acontecem coisas erradas, como o meu café que ficou fraco. Até preferi não fumar um cigarro inteiro pela manhã. Pensei: hoje farei diferente somente para ver se o dia correrá diferente. Por enquanto, nada. Tudo igual. 20 miligramas de fluoxetina no corpo e muita água. São quase 11h. Está resolvendo? Resposta: não. Mas, além desse dia cu, descubro que estou dois quilos mais gordo....