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Cá estou. Uma segunda-feira daquelas. Terríveis, como sempre. Não há pior dia da semana. Alguns otimistas me jogam um pouco de incentivo. Nada adianta. Acordei da maneira mais bosta possível, tendo um daqueles ataques de pânico que adoram me maltratar. É muito amor para pouco corpo. Um amor sádico, que nutre o desejo de se instalar em meu cérebro como hospedeiro predileto, como criança que não quer sair do playground.
Meu café ficou fraco, meu olho não para quieto, insiste em tremer e não consigo focar em algo que valha a pena. Não se trata de exagero: segunda-feira é sempre o dia do fim do mundo. Sempre acontecem coisas erradas, como o meu café que ficou fraco. Até preferi não fumar um cigarro inteiro pela manhã. Pensei: hoje farei diferente somente para ver se o dia correrá diferente. Por enquanto, nada. Tudo igual. 20 miligramas de fluoxetina no corpo e muita água. São quase 11h. Está resolvendo? Resposta: não.

Mas, além desse dia cu, descubro que estou dois quilos mais gordo. Uma beleza. Acho que faz um mês que não vou à academia. Não que isso seja grandes coisas, afinal, não sou daqueles que leva uma vida saudável, apesar de comer frutas e verduras regularmente. E todas as calorias se acumulam aonde? Na barriga, lógico. Isso é meio incômodo. Eu, outrora um magro de barriga seca, agora revelo uma saliência. Dizem que o cigarro inibe o apetite. Ao invés de fumá-lo pela metade, eu devia ter fumado inteiro. Com gosto. Hoje é segunda-feira. E é um bosta!

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 

Férias

Finalmente curtindo as merecidas férias. O período de descanso é necessário. Aos poucos, estravasso o cheio a fim de alcançar o vazio. E assim vou enchendo novamente os novos cheiros, os novos sentimentos, as novas experiências e as novas mudanças. Tudo acompanhado ao som das ondas do mar, do oceano que banha as costas da Ilha do Mel. É incrível como este lugar me traz vigor, me renova. Por mais que sejam poucos dias, o proveito recicla a vontade de batalhar por mais um ano em um lugar que ainda não me encontro, não me solto, não exploro. Agora é sentar e relaxar o gozo de outras estações, ainda indefinidas nos planos e projetos que ainda não esbocei. Enquanto isso vou aproveitando as músicas que vão fazendo o meu verão. A nova bolacinha do Max de Castro não decepciona. Nem a coletânea do Blur. Mas o som da estação que vigora mesmo é o primeiro CD da Lauryn Hill. Uma delícia. E eu que achei que ia ouvir muito Jack Johnson. Que engano exacerbado. Ainda bem que errei.
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.