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A vida repleta de clichês tem o seu doce eterno.

A vida repleta de clichês tem o seu doce eterno.

Digo de corpo inteiro, de coração transbordando de amor, de olhos voltados para o futuro, mas sempre fixos no presente: quando temos alguém para se dividir os momentos, tudo é mais gostoso. É chama que não se apaga, é voz que não se cala, é fruto mordido com vontade.
E o que seriam dos dias, das horas, dos minutos e dos segundos sem um sorriso para iluminar esse caminho que por vezes se mostra tão escuro... O que seria da sobrevivência e da vivência sem o seu abraço moreno?

Eu quero todos os lugares-comuns, as hipérboles, os chavões e os ditados populares contigo. Quero contar as estrelas e multiplicá-las com as gotas do oceano só para tentar encontrar a equação do sentimento que sinto por ti. Quero continuar a melosidade do amor, mesmo na depressão, mesmo no desemprego, mesmo na tristeza, mesmo na falta de percepção. Quero te carregar com generosidade devido ao seu riso, à sua inteligência, à sua beleza e ao seu companheirismo.

Eu quero, sim, a clicheria dessa vida.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.