Creio
veemente que certas pessoas confundem o significado da auto-estima. Alguns a
utilizam como sinônimo de “rei na barriga”, de donos da verdade absoluta. E,
claro, esses indivíduos não possuem a capacidade de dizerem: desculpe, errei.
Suas respostas são agressivas e suas atitudes peculiares (para não dizer algo
ofensivo). Tamanha é a dificuldade de
assumir as consequências que preferem apelar para a defesa desenfreada,
ressaltando suas qualidades, que podem ou não ser duvidosas, e partem para a
famosa ignorância, essa vizinha da maldade (sim, a frase é daquele poeta).
Com
certeza você conhece alguém que é repleto de esperança quanto ao futuro, que é
admirado por uma parcela do eleitorado, porém, carrega consigo uma arrogância
disfarçada de ingenuidade. Não é auto-estima, não. É mecanismo de defesa. No
fundo, lá impregnado no peito, internamente, essa pessoa canta aquela música do
Karnak, cujo verso diz: “eu era convencido, agora não sou não, porque cheguei à
perfeição”.