Doce necessidade de vazar. Vejo com as mãos, mas sou cego dos dedos. Procuro com a língua, mesmo ela sendo surda. Ouço, então, pelos olhos que um pouco escutam. Confundo o céu da boca com o fim do mundo que muito próximo saiu em câncer do meu pulmão. Por isso, agora, eu quero vazar antes que eu volte a confundir.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).