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Estamos sendo vigiados. Estão conseguindo fazer uma ditadura maquiada. Os esquerdistas serão expostos contra muros de fuzilamentos. O Partido dos Trabalhadores foi dizimado e não vai se recuperar. Os outros sofrerão com o poder dos homens. Os Policiais Militares não vão aceitar críticas, sobretudo de artistas, e vão adentrar teatros como era antigamente. Um filme como Tropa de Elite nunca chegará aos cinemas nacionais. Aliás, o último com crítica política será Aquarius. Os demais projetos serão engavetados. 
Quando chegamos em um momento em que a maior instituição deste país relacionada às lutas sociais, que eram os estudantes, renega a protesto, é porque se perdeu a luta e será preciso repensar a briga por direitos. E se você não está preocupado com os próximos 20 anos e somente com o hoje, saiba que de repente o seu agora é dizimado com pólvora diante de seus olhos. 
Não se esqueça, estamos sendo vigiados. 

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.