Lembro de lá, o lado atlântico,
um romântico desesperado a encontrar,
sabe-se lá o que seria: um olhar, quiça.
Mas recordo da nitidez ao falar,
mesmo sem entender o seu contexto.
Era de se apaixonar.
Tinha no semblante algo confuso.
Dava gosto de cogitar.
Muitas coisas a observar.
Do escuro dos olhos ao cabelo ralo.
O jeito de molhar os lábios para dizer, fosse qualquer coisa.
Não trazia nada, apenas um anel no dedo.
Dizia que significa, agora, o fim.
Enfim, não fiquei sabendo do resto,
pois faltou um tiquinho de coragem.
Poderia ter sido um recomeçar.