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Ele maiúsculo é Amor

Quando chega o amor, não se trata de prisão. Que me desculpem os poetas mais tristonhos, mas quando Ele chega é libertação. São os sorrisos prontos, soltos e leves de se encantar. É a música quando faz sentido junto ao ouvido. É lamento também, mas depois são dessabores jogados em lixo reciclável.

Quando se tem é uma bobeira incrível. É beleza em cada detalhe, mesmo na feiura do concreto rabiscado pela pichação. É encontrar um desenho de coração onde, na verdade, é assinatura de uma gangue. É uma parede com garranchos ganhando arte aos olhos dos românticos.

Quando se há, corpos desafiam a física e fazem duas massas caberem no mesmo espaço, reprimindo a lógica e espremendo os átomos. Não há porque se viver sem. E, parafraseando Nietzsche, sem o amor a vida não teria o menor cabimento.

Quando se explode, não precisam existir os homens bombas e suas batalhas religiosas e territoriais em nome de seu deus. Mas algo tão simples e, ao mesmo tempo tão complexo de se sentir, é abafado por políticas, regras, sentimentos passados e demais artifícios que compreendemos como errados, no entanto, são tantas raízes mal plantadas que geraram frutos tão estragados, cujos gostos ninguém sabe diferenciar.

Quando Ele se colide, de frente ao coração, mente e alma, para a hora, o minuto e o segundo do seu eu. Torna-se mais fácil rir e perceber: a vida pode ser banal, mas possui muito mais beleza do que cabe na residência do seu crânio.

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
O barulho, o som, o tudo. As vozes, a esquizofrenia. Quem aguentaria? É preciso jogo, é necessário o respirar. Chega a ser jocoso, parece lacrimoso. O volume, os gritos, a conversa. O cansaço no mormaço. O não relaxar do momento. Os nervos, a fúria, o ventre. O vento que não entra E o apuro do socorro. A bagunça e a falta de concentração. A raiva que aparece. O berro que permanece. Aqui, mudo, em silêncio. Como haveria de ser. Mas não é. lsH
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.