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Pela janela eu vou vendo. 
Os carros passam. 
Os galhos das árvores se movem. 
As crianças com suas bicicletas se divertem. 
Folhas de outono pousam sobre o para-brisa. 
O táxi que me leva daqui tem a placa com a primeira letra do seu nome. 
Melancolicamente, sorrio sozinho ao perceber isso. 
A rua está deserta, apenas carros estacionados. 
Seus donos devem estar na sala de estar, assistindo TV, curtindo a família, ou na cozinha, preparando um jantar, quem sabe acompanhados do amor, dos filhos. 
Quem sabe estejam sozinhos, tomando um bom vinho. 
Não sei o final ou o início que isso dará. 
Da minha despedida, da minha ausência, da minha derrota. Agora apenas sigo ao aeroporto...

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.