Pela janela eu vou vendo.
Os carros passam.
Os galhos das árvores se movem.
As crianças com suas bicicletas se divertem.
Folhas de outono pousam sobre o para-brisa.
O táxi que me leva daqui tem a placa com a primeira letra do seu nome.
Melancolicamente, sorrio sozinho ao perceber isso.
A rua está deserta, apenas carros estacionados.
Seus donos devem estar na sala de estar, assistindo TV, curtindo a família, ou na cozinha, preparando um jantar, quem sabe acompanhados do amor, dos filhos.
Quem sabe estejam sozinhos, tomando um bom vinho.
Não sei o final ou o início que isso dará.
Da minha despedida, da minha ausência, da minha derrota. Agora apenas sigo ao aeroporto...