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Para você que flutuou os meus sonhos mais eróticos,
Daqueles em que o mínimo era as roupas rasgadas,
Que uma engasgada não significava nada,
Que uma picada era o lindo em sua bunda.
Para você, o amor que me torturou, que me enlouqueceu, que deixou os meus dias em calafrios com o seu não tentar.
Para você, o meu pulmão de fumante, o meu corpo de alcoólatra, a minha fraqueza desesperada.
Para você que perfurou, mesmo sem saber.
Para você, os meus versos mais belos, mas nunca compostos.
Para você, a minha vida com trilha sonora vinda do nórdico,
Dos instrumentos mais inusitados, das partituras menos clássicas.
A você a minha rapsódia em si bemol para Guitar Hero.
Para você que me conquistou na primeira letra do verso nada romântico que deixou o meu sangue mais medonho.
Para você que me permitiu gostar de você, em sua cama, com a minha língua em cada pedaço do seu corpo,
Autorizando um adentrar, um gozar e um abraçar.
Para você que me ofereceu a melhor orelha para morder com a precisão que por vezes ficava demais afoita.
Para você que me aqueceu com um simples olhar. Para você que me deixou amar.
lsH

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.