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Mostrando postagens de agosto, 2019
Entenda beleza, eu ainda prefiro o conteúdo. Sua graça me distrai, mas procuro manter a calma. Confesso que já me perdi em seu torso nu. Na sua pele morena. Nos seus cabelos escuros e nos seus olhos castanhos. São tão invencíveis, pedaços sublimes de pecado exacerbado. Em você, eu me perco, reviro o acaso, me torno poeta. Em você, me transformo em plebeu, obedeço os critérios, pratico adultério e procuro um consubstancial. Porém, entenda, ainda primo pelo teor. Já solicitei t antas vezes, quase nunca fui ouvido. Não adianta, você sempre consegue me seduzir. Eu sou fraco, eu sou carne, eu sou ser, abstrato, confuso, continuado. Quando adentro, fico idiota, caricato: estereótipo de capa de revista. Então, como não aguento, eu me entrego. Mas ainda falta o conteúdo. Portanto, entenda beleza, você está me fazendo perder os valores. Fazia tempo que eu não me entregava em uma batalha. Você continua ganhando. Todas. Estou jogando meus princípios no vaso sanitário, nos tocos de cigarros, nas ...
Pense que ainda existe amor. Está na esquina, no copo do bar. Ali embaixo do nariz,  Do chafariz. Nos deslizes da mão do jogador. Pense que ainda há. Permanece em Bagdá No coração do homem bomba No olhar das pessoas de lá. Pense que ainda existe amor No carro que só pega no tranco Em sua pele morena do sol Nas ruas de Pato Branco. Pense que ainda existe Consiste em observar Perto daqui, longe do mar. Na hora de se abraçar. lsH.
Negras, belas Em tabelas De contas A massagear: Olhares, egos, Nos mais Lindos passeares. Em lares, bares, Cidades, Com saias Floridas De pétalas norteadas De puro Encanto Em todos os cantos Que os prantos Ousam parar Só para vê-las Elegantes e galantes A cantar. lsH
Meu coração  É gelo Que berra de tédio Sem você Como elo. Minha aflição Não é farsa Quando em Seu abraço eu me encerro. 
Uma outra noite de fé sem sono. A companhia dessa vez é o café, a fumaça e The Editors. A referência joydivisiana ecoa, tanto nas linhas de guitarra como no vocal quase chorado. Ela pouco conhece a banda, apenas sabe que lhe faz bem. A canção que mais entoa no ouvido é Lights. Apesar do título, quase nada a ilumina. Somente a luz do poste e a brasa do cigarro. A noite não foi de trabalho. Resolveu tirar folga de si mesma. Deitou em seu sofá, ligou o som e se deixou transport ar pelo calor/frio das músicas. Acabara de baixar a bolachinha The Black Room, um título bem apropriado para o momento pelo qual estava passando. Acendeu uma bituca e viajou. O barulho infernal dos carros na rua não mais a incomodava. O fone de ouvido era muito bom. Importado. Gentileza de seu vizinho contrabandista. Quando iniciou os primeiros acordes de Camera, ela se transportou imediatamente à infância. Se imaginou sendo balançada pelo seu pai, depois brincando com seu meio-irmão e logo após levando uma b...