Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2021

Esse Meu Doce Matar

  Quebrei a cara. Que cara eu sigo? Persigo o curto. O caminho fácil. Qual a graça? Pergunta simples. Sigo errado. Pelo menos, acho. Se acho, Certeza Não tenho. Mas se tenho algo Algo talvez Eu sinta. Analiso E sintetizo O que escapa. Um mapa De fragmentos Descolados na memória Soltos por aí Em ilhas digitais Sem reset Sem delete Sem gilete Sem deleite. Troco um destino Por dois carinhos. Mas tenho Carência? Só aderência De permitir Meu egoísmo. Penso Logo, resisto. Desisto Ao contrário Pois sou Bem otário Quanto ao sentimento. Queria o inverso Mas serei frio? Não entendo. Compreendo que afasto Todavia é meu erro? Porém, contudo, senão? Quem sabe você Que me abrirá Abrigará aqui Uma resposta acolá. Enquanto isso, Vou ali Sozinho fumar Algo que Pelo menos Me faça sentir, Nem que seja Esse Meu Doce Matar. lsH
Eu quero ser o Mefisto para te satanizar. Quero beber o seu chorume para me santificar. Eu quero ser o seu Verlaine a disparar E vê-lo como Rimbaud aos poucos se fechar. Eu quero ser o Bucowski para te marginalizar. Quero ser a Julieta com o veneno a tomar. Eu quero ser o Catulo para em obra te eternizar. Quero como Polifemo em prados a chorar. Eu quero como Castela o seu corpo velar. Eu quero como Garcilaso em poemas te amar. Quero ser o São Francisco de Borja a abandonar Não assumindo a corte para se apaixonar. Eu quero me dar um tiro na têmpora Como Werther quando com Carlota Em nenhum momento pensou em se casar. Quero ser como Ana Karenina a abandonar O próprio filho para um dia se matar. Eu quero ser como Sandokan a lutar Pela pérola de Labuan a se entregar. Quero como Lancelot a se sacrificar Traindo o seu mentor para se casar. Quero como Robin Hood a raptar Para um dia com Lady Marian copular. Eu quero ser a Beatriz a resgatar O Dante que no purgatório ia se esfacelar. Eu quero ...
  Sacríficio coração, desperdício sentimental Fossa em catarse, vento diagonal. Lágrima em transe, perfeição arrebentada Crise de mentira, tira interrogada. Versos soltos, solturas involuntárias Velcro indefinido, beijo interrompido. Poluição amorosa, dengosa solitude Altitude interminável, queda paixonite. Verborrágico cantar, cheirada afetuosa Nariz em giz, pó destruído. Heroína nua, pelo em corpo. Olhos cerrados, coração em vida. Poesia fechada, querer aberto! lsH
Todo mundo já teve um professor E tem ainda os que vão ter Richa, Traiano e Nelson Justus Deixaram a memória esmorecer. Há quem diga que ganham bem E que direitos só mesmo no Natal Quem concorda com isso É Plauto Miró, Schiavinato e Tiago Amaral. Brasileiro tem memória curta Vide o voto do Missionário Ricardo Arruda E teve filho de professor por cima Já apontou alguém o Guto Silva. Foi um dia para não passar impune Que se lembrem Reichembach e Alexandre Curi. E aos demais que se esqueceram Que todo mundo teve um mestre Não tenham pensamento pequeno Igual ao Romanelli e André Bueno.  
No atraso das horas eu perco a consciência na alta madrugada que absorve. A fumaça do cigarro encobre a face suja que eu deixei em seu lençol. Antes de partir, escrevi em um guardanapo os lamentos que eu sempre sofri, sempre guardei, sempre vivi. Espero que leia até o fim. Não tenha tanta certeza quanto ao meu retorno, um pouco de suborno talvez ajude, mas a certeza nunca foi uma grande virtude do meu ser. A única certeza que eu tenho é o incerto que eu sou. Se você é mais sentimental do que eu, isso eu sei. Porém, minhas lágrimas são mais sofridas. Não tive coragem de pôr a sua casa em minha sacola e nem te levei para ver o mar. Ainda estou na fila do pão lendo jornal e tragando um cigarro. Eu sei o que é ter e perder alguém. Tanta dor eu senti e o outro alguém é meu conhecido. Eu também pequei pela vontade, mas o amor de verdade evaporou com o chá quente que você não tomou. Sair de casa é se aventurar, já que maldizeres você me causa. Não quero ficar nesse sofá. Todo carnaval tem o s...
  Bem aqui, ao centro. Um incômodo e tanto. Meu canto fraco Não ajuda, portanto, Me deito quieto, Olhos abertos no teto A lâmpada cega Para que em pontos Aliviem o intenso. Dois pontos riscados Como fuga nunca, Mas como alívio De encontro ao copo Que da água ajuda O descer do sentido. lsH.
  Para você que me conquistou na primeira letra do verso nada romântico que deixou o meu sangue mais medonho. Para você que me permitiu gostar de você, em sua cama, com a minha língua em cada pedaço do seu corpo, autorizando um adentrar, um gozar e um abraçar. Para você que me ofereceu a melhor orelha para morder com a precisão que por vezes ficava demais afoita. Para você que me aqueceu com um simples olhar. Para você que me deixou amar. Para que você que perfurou, mesmo sem saber. Para você, os meus versos mais belos, mas nunca compostos. Para você, a minha vida com trilha sonora vinda do nórdico, dos instrumentos mais inusitados, das partituras menos clássicas. A você a minha rapsódia em si bemol para Guitar Hero. Para você que flutuou os meus sonhos mais eróticos, daqueles em que o mínimo era as roupas rasgadas, que uma engasgada não significava nada, que uma picada era o lindo em sua bunda. Para você, o amor que me torturou, que me enlouqueceu, que deixou os meus dias em calaf...
  Do futuro, vamos Consequência é preciso. Ao ouvir reprovação, Gosto, Pois inquietação existe. Do fundo do poço, aposto É preciso ter cuidado. E quando sorrir, desculpe Mas mostrarei meu desgosto Só para provocar.