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Bagagens

As malas estão prontas e deixadas perto da porta
Não tenha medo do que virá nas próximas horas.
Eu sei que temos contradições, mas deixe estar
Melhor aproveitar do que ficar com carícia torta.
Deixo minha concepção de sentimento em seu retrato
Não tenho medo do que virá e lhe digo que saberei suportar.
Procuro em outro tempo o consolo enquanto desejo seu abraço
Mas as malas estão aí e só você sabe para onde levá-las.
Só lhe peço para voltar os seus olhos a si
Não se preocupe com o que vai acontecer
Viva a intensidade se puder, sem se arrepender do viver
A saudade permanecerá caso o que tenha falado seja verdadeiro.
Meu dedilhado ao violão não está triste
Pois vale qualquer coisa, menos a mentira
E como sei que não houve admiro a preocupação
Só que despedidas sempre hão de surgir.

lsH 

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.