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Rainhas do tempo da pedra

Poucas bandas me deixam com a real vontade de ficar batendo a cabeça e berrando escrotamente como o Queens of The Stone Age. O álbum Songs for The Deaf é um clássico do manjado stoner rock, termo quase feliz que certos críticos lembram quando se trata do grupo de Josh Homme. Aliás, guitarrista de conteúdo excelente que esbanja categoria em suas composições. Sem falar que a garganta calibrada com uísque e cigarro contribui no ápice vocal de petardos dilacerantes que são as suas músicas. No disco citado, há participações mais do especiais. Para falar a verdade, são contribuições sensacional que Mark Lannegan e Dave Grohl realizaram, verdadeira ajuda sônica que fez desse o melhor CD dos americanos.
Songs for The Deaf contava ainda com o baixista chaparral Nick Oliveri, que tocou nu no palco do Rock In Rio, em 2001. Ele foi expulso da banda devido ao consumo exacerbado de ilícitos e demais guloseimas. A atitude de tirar sons graves de seu instrumento, poucos souberam fazer tão bem. Oliveri não é nenhum expoente, mas já realizou excelentes trabalhos. Bêbado, diga-se de passagem. Drogado, também, pressumo.
O mais recente trabalho dos caras, que, por culpa das experiências, não me recordo (algo com Lullabyes), é um disco interessante, mas nem chega aos pés do que foi Músicas para Surdo. Também não dá para dizer que Josh Homme e sua cambada narcótica perdeu a direção. Ele está longe de errar como certos companheiros de sua geração perdida em putas, noitadas e aquela pó branco que insiste em estar presente na vida de "roqueiros". Vai ver ele está dando um tempo. Quem sabe Homme convida novamente Oliveri para a banda, aí sim, as Rainhas do tempo da pedra serão completas, com direito a tacapes e overdoses sonoras. Quase perfeito.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.