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Falsa-idade


Extravasa, meu bem. Joga na cara, cospe no rosto a angústia sádica. Violenta o corpo frágil adquirido em outros verões. Crave no peito as palavras de ódio. Faça-o sangrar outras verdades. Chega de esconder a falsidade. Encare os olhos e fale a verdade, na cara, com vontade. Vaze os sentimentos repreendidos. Deixe escorrer o veneno sem vergonha que você camufla nos lábios não pintados. Mas, venha com sede, não se deixe arrepender.
Não tenha dó. Pode jogar cinza de cigarro nos meus olhos. Pode me queimar com a brasa, com o isqueiro, com o ódio. Deixe-me ao avesso. Rasgue a minha pele. E faça devagar, somente para sentir o prazer de torturar. Apenas não minta mais a respeito do desrespeito que você sente. Não preciso mais de tapinhas nas costas. Caso quiser, bata com um martelo. Eu já sei da inveja. Agora eu quero a violência.
Extravasa. Cospe. Violente. Crave. Sangre. Encare. Vaze. Sem dó. Jogue. Queime. Rasgue. Torture. Brinque comigo. Pode brincar, eu deixo. Porém, faça dessa sua falsa-idade uma verdade. Afinal, já somos adultos o suficiente. Chega de papos paralelos a respeito da minha pessoa. Venha e fale na cara. Mas, venha com vontade.

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
O barulho, o som, o tudo. As vozes, a esquizofrenia. Quem aguentaria? É preciso jogo, é necessário o respirar. Chega a ser jocoso, parece lacrimoso. O volume, os gritos, a conversa. O cansaço no mormaço. O não relaxar do momento. Os nervos, a fúria, o ventre. O vento que não entra E o apuro do socorro. A bagunça e a falta de concentração. A raiva que aparece. O berro que permanece. Aqui, mudo, em silêncio. Como haveria de ser. Mas não é. lsH
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.