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Alucinada!

Venha-me. Arranque o coração pela boca, passando a sua mão pela garganta que armazena o alcatrão fumado todo o santo dia. Destrua-me. Desfoque a minha visão com a sua imagem, com a sua pose mais erótica. Trate-me. Alimente o meu ego enfraquecido com o calor mais sagaz da sua entranha. Cause-me. Arrepia os meus pêlos mais íntimos com a satisfação mais sexual da sua pele. Encoste-me. Deslize a sua mão pela minha nuca, até chegar nas costas, mas não faça cócegas. Revire-me. Permita entrar devagar pelos seus lábios para que depois eu saia rápido para jorrar. Queira-me. O amante mais provável entre os tantos que invadiram a sua astúcia. Satisfaça-me. Realize os desejos dos sentidos escarniários. Apaga-me. Encaixado em concha quero também descansar. Reviva-me. Após uma pestana sem compromisso, recomece o ato por assim belo e marginal. Beba-me. O fluído denso agora pode servir de alimento. Devore-me. Calmamente, rapidamente, lentamente, forazmente e continuamente. Roube-me. A alma nada ingênuo que quer adormecer no frescor do seu colo. Cuspa-me. Com vontade cavalar depois de uma cavalgada ao luar. Queira-me. Eternamente nas noites vadias em que te procuro com as mãos. Tenha-me. Sempre. Não se esqueça, mesmo em viagens à trabalho. Alucinada!

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...