Pular para o conteúdo principal

Alucinada!

Venha-me. Arranque o coração pela boca, passando a sua mão pela garganta que armazena o alcatrão fumado todo o santo dia. Destrua-me. Desfoque a minha visão com a sua imagem, com a sua pose mais erótica. Trate-me. Alimente o meu ego enfraquecido com o calor mais sagaz da sua entranha. Cause-me. Arrepia os meus pêlos mais íntimos com a satisfação mais sexual da sua pele. Encoste-me. Deslize a sua mão pela minha nuca, até chegar nas costas, mas não faça cócegas. Revire-me. Permita entrar devagar pelos seus lábios para que depois eu saia rápido para jorrar. Queira-me. O amante mais provável entre os tantos que invadiram a sua astúcia. Satisfaça-me. Realize os desejos dos sentidos escarniários. Apaga-me. Encaixado em concha quero também descansar. Reviva-me. Após uma pestana sem compromisso, recomece o ato por assim belo e marginal. Beba-me. O fluído denso agora pode servir de alimento. Devore-me. Calmamente, rapidamente, lentamente, forazmente e continuamente. Roube-me. A alma nada ingênuo que quer adormecer no frescor do seu colo. Cuspa-me. Com vontade cavalar depois de uma cavalgada ao luar. Queira-me. Eternamente nas noites vadias em que te procuro com as mãos. Tenha-me. Sempre. Não se esqueça, mesmo em viagens à trabalho. Alucinada!

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.