Fui e já voltei. Parece que o tempo passou tão rápido. Ou melhor, isso não é impressão, o tempo realmente passou depressa demais. Mas deu para aproveitar ao máximo e nas últimas conseqüências a capital paranaense. Agora resta a saudade, sobretudo da minha irmã. É incrível como a gente se diverte junto. Amo Curitiba, mas amo muito mais a Ana. Bem mais.
Pois bem, agora entra o momento "coisas que só acontecem comigo quando estou na capital". Em determinada situação, que não cabe explicar agora, eu passei por uma Kombi. O veículo estava parado e, ao lado, tinha cinco freiras. Uma delas estava dentro. Passado um tempo de observação, vi que elas começaram a empurrar a Kombi. Percebi que estavam tentando fazer o negócio pegar no tranco. Na primeira tentativa, não conseguiram. Eis, então, que os olhos abençoados de uma me avista e me pede: - Oi mocinho, tudo bem? Será que você poderia nos ajudar? - Eu, todo benevolente, pensei: - Por que não? Aproveito e já faço minha caridade do dia.
Assumi a boléia da coisa que, no caso, era uma Kombi. E as cinco freiras empurrando, todas trajadas, devidamente. Parecia que elas tinham acabado de sair do filme Noviça Rebelde. Na minha primeira tentativa de fazer pegar no tranco não consegui. A Kombi travou. Daí eu gritei. Gritei mesmo: - Vamos de novo! Fé em Deus! - Uma das freiras me respondeu, empolgada: - Fé!!! Elas começaram a empurrar de novo, engatei a segunda e não é que Deus ouviu, pois a porra da Kombi ligou.
Desci do veículo, elas me agradeceram, fiz minha boa ação, elas partiram felizes para um encontro de freiras paranaenses com a presença do padre José Maria. Aí acendi um cigarro e vi elas indo embora, todas felizes cantando um salmo. E, assim que dei a primeira tragada, aconteceu o que sempre ocorre quando estou na capital, alguém me pediu um cigarro. Foi então que realizei a minha segunda boa ação do dia. E segui feliz!