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Intenso

Então aqui, pensando um pouco lá, já que pessoas queridas estão. Muito em diversão, um tanto de distração. Embora a vontade seja, infelizmente, uma volta acontecerá. Ainda mais sinto que estabelecer é impreciso, porém, é preciso acreditar. Quem sabe um dia quando o verão não acabar. Agora quero sentir outra vez as ondas acertarem as minhas pernas. Quero de novo o sol fuzilando os meus olhos. Quero um sentimento dilacerando a minha alma. Quero me sentir livre no local de felicidade. Não quero lembrar das canções ruins. Não quero ler os textos de perdição. "Quero um amor com pedaço de fruta mordida".
Sinto que o retrocesso não é a ocasião. Não procura em nada a perfeição, já que a imperfeição sempre me chamou mais a atenção. Gosto do cheiro dos perdedores, da fumaça desgraçada que se espalha pela maresia. Adoro descer no trapiche das memórias poéticas e livres. Encontrar nos rostos dos admiradores da ilha uma verdade que volta a ser virgem devido ao lugar que emana descontração. Pessoas que antes tímidas descobrem um sopro de alegria de pura combustão. Uma liberdade não alcançada entre os fios de conecção.
Quero aquilo que nunca deveria ter saído. Visualizar o novo que ainda não foi criado. Descobrir um capricho não revelado. Desfrutar da carne não abatida. Beber um gole de novidade antes de entrar na madrugada querida. E depois de aproveitar os minutos que desvelam, quero lembrar o passado sofrido, os momentos ressucitados e os casos contados. Tudo ao som de The Coral ou outra bandinha de som delicado.
Então, agora aqui, embora pensando um pouco acolá, vou aproveitar os dias que ainda me restam, já que a proposta é o intenso.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.