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Mostrando postagens de dezembro, 2008
Estou meio off. Mas logo as coisas voltarão ao normal. Quero aproveitar para desejar a todos um feliz ano novo. Que 2009 venha com toda aquela força, paz, alegria e grana que merecemos. Quando eu me recuperar do show da Madonna, o blog também voltará ao normal. Beijos e Abraços a todos. Léo

A vela

Acende-se uma vela. Caminha até a sala para encher de coragem até a borda mais uma taça de vinho. Coragem líquida. Seus lábios alinhados perdem a geometria quando inicia a fala. Mas cala. O outro agradece pelo jantar extraordinário e começa um nefasto monólogo. Logo pára. Os dois se distraem no olhar que atravessa a vela. Uma troca revela: - Sim, desculpe, não aguentei, deslizei, me perdi. A boca, agora, branquela: - Imaginei, percebi, aceitei. Monossilábicos, então, esquadreja: - Só isso, nada mais? A gravidade foi muito mais do que um triz. Eu fiz. Fui atrás, persegui, cantei, abracei, paguei. Eu pequei. Não me arrependo, nem um pouco. Fiquei feliz, sem ressentimentos. E sabe de uma coisa, acho que nunca te quis. Um vento entra pela janela e balança a luz da vela: - Ok, a melhor coisa que já ouvi de você. A melhor interpretação de sinceridade que consegui, que ouvi, que adorei. - Já não ia bem, eu tentei o além. E agora, ficamos aquém? A vela, finalmente, se apaga.
Interlúdio Meus braços em paixão. Não lembro a situação causada. Um corpo na cama. Boca aberta. Peito arrebentado. Recordo do ato, mas não do fato. Fluídos. Uma dificuldade de armazenar memórias recentes. Estava em um bar. Vodca com mate leão. Eu sou muito distraído. Chega perto. Senta-se. Puxa uma conversa. Dresden Dolls? Sim, eles são bem performáticos. Garçom, traga mais uma. Duas, por favor. Faz o quê? Escrevo. Sobre o quê? Sabe quando você vaga pelas ruas da cidade, sozinho, é madrugada, o risco de ser assaltado ou morto é enorme, contudo, você está cagando para as coisas, quer continuar caminhando e refletindo sobre a vida, mais ou menos sobre isso. A subjetividade é repleta de meandros. Exatamente. Um brinde, então, aos caminhos sinuosos. "Embriaguez sagrada, nós te afirmamos método" . Bonito isso. É de um filme. Eu sei, um filme brasileiro. Isso, você gosta? Claro. Qual a sua personalidade de hoje? Predador. Alguma vítima? Sim. Tenho até medo de perguntar. Os meus...

Sejamos o caos

Livre, leve, corra. Não temos escolha. A vida tem dessas coisas. Basta um não para encontrar vários "sim". Filosofia de bar. Deveria tomar outras para entender. Desespero e ansiedade não trarão respostas. O fluxo segue. A menstruação desce. O caralho enrijece . O corpo evacua. O pulso acelera. A cabeça se perde. Os nomes são esquecidos no ato quando o fato acontece. O orgasmo aparece. Mas acaba, não é para sempre. Então, basta procurar outros rumos. Um não quer, dois não sentem. "Tudo certo", um diz. "Tudo nada", contradiz. Lido com a liga conforme a velocidade permitida cerebral. Quando extrapolo, vira depressão, síndrome, pânico. Não opto mais pela conclusão, agora viajo o subjetivo. Meu adjetivo, pegue, jogue no lixo. Minhas palavras merecem o garbage . Minha voz encontra o vazio. Faça. Voe. Atemporal é infinito enquanto o relógio ainda bate corda. Contudo, parou. Extravase o vaso vazio. Siga novos conselhos, ajude os prejudicados pelas chuvas catarine...