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Retornado. As férias foram tão boas que a vontade de continuar neste período por mais uns dois meses arrebentaria em sorrisos a minha boca faminta de não trabalhar. Como nem tudo são flores, vamos aproveitando os últimos momentos que ainda restam.
Confesso que nunca fui muito adepto do ócio, mas estou consumindo-o em doses cavalares. O que mais me chateia é saber que tenho várias novas regrinhas a aprender por causa da reforma (?) da língua portuguesa. Ossos do ofício, fazer o quê? Se dependesse da minha pessoa continuaria tudo da mesma forma, afinal, adorava a trema, não queria o seu homicídio. Pobrezinha. Ao menos que tenha um enterro honrado, bonito e pontuado. Entendeu? P-O-N-T-U-A-D-O.

* * *

Não vou aqui escrever como fazem os alunos do ensino fundamental quando voltam das férias: escrever uma redação. Mas tenho que confessar que elas foram exacerbadas, com períodos tranquilos (ah, cadê a trema? Opa, "cadê" também não leva mais acento, né? Putz, fiquei confuso agora), passeios, caminhadas, literatura, música, poesia, conversas, reencontros, amores, sexo, bebidas e cigarros, não necessariamente nesta ordem.
Enfim, só passei para comunicar que estou voltando e logo postarei mais textos, contos, artigos e poemas neste espaço, proposta a qual, de fato, ele foi criado. Espero que ainda encontre alguém para lê-los. Namastê a todos.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.