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Derrota do Sentir

Porra, tinha que ser do mesmo signo? Eu estou prestes a recusar a minha prevalência virginiana depois de tanta decepção. É claro que pelas investigações eu sabia dessa informação, mas, prestes a completar 30 anos, uma pequena sinfonia de revolta abisma o meu cerebelo. Ouço algo relaxante para perceber uma calma, porém, estou com uma vontade abrupta de cuspir um punk. Pena que não tenho talento suficiente a fim de exclamar improprérios, ou seja, foda-se!

A delicadeza da canção do momento não correspondendo com esse sentimento, afinal, conforme diz, "triste é viver só de solidão". Corretíssimo, eu diria. No entanto, a depressão não é equivalente a deixar minha casa pior, como se eu quisesse fazer as mulheres de Grey Garden passar vergonha. Não desejo uma entrega desse tamanho, mesmo querendo uma ajuda, uma contribuição ou dizeres que me tirem desse buraco que aos poucos você me enterra. De todas as mazelas, essa foi a eterna, aquela que esquecer não será possível nem com Alzheimer. Não se sinta culpado, não sou digno de estragar as suas melhores fotos, como aquelas que visualizei em uma rede social e deixou o meu coração amolecido. Quem sou eu para estragar algo cicatrizado em uma tatuagem?

22h35. O pensamento bate um desespero, mas espero que seja passageiro. O problema foram os segredos divididos que, com certeza, agora é piada adocicada no lábio de outro. Como é triste não confiar. Mais ainda é se entregar e se ver esfarelar nessa derrota do sentir.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.