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Ok

Não nasci para entender certas coisas. Uma delas é aquilo que chamam amor. Essa coisa confusa deixa o nosso cérebro virado em um patê. Vamos citar exemplos. A pessoa some da sua vida por algumas semanas, você sofre toda a desilusão, sangra, reclama devido as circunstâncias e só. Todo o sofrimento latente percorre pelo corpo trazendo aquela dor angustiante que parece um gosto de morte mental. Mesmo assim, você no alto da carência resolve mandar um presente por uma amiga em comum. O agradecimento vem em forma de afeto em palavras on-line, mesmo que escondidas, afinal, existe um outro alguém que interferiu a primeira vez.

As conversas fluem novamente, o encontro reestabelece um futuro promissor, sem danos às consequências malévolas previstas, sejam através de telefonemas de assassinatos, telefonemas às instituições, conversas familiares radicais, o escambau! As trocas sentimentais continuam, você promete horrores e recebe acenos positivos, mas, mesmo assim, desconfia de algo, um detalhe escondido que, talvez por medo, não tenha sido relevado.

De um momento para outro, sem vazão para interpretações ou achados, essa mesma pessoa que lhe prometia beijos ardentes, simplesmente pede a sua desistência, que não a procure mais. E você, o mais idiota, panaca e tongo responde: ok.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.