Pois bem, vá. Siga o que for impreciso, mas necessário. Deixe cá com cara de otário, como rinoceronte solitário que na relva reina desolado. Continue cada passo, cada entrelaço que permite desencantar com os meses. Permita ao feto da memória se tornar afeto da nascença dentro de uma esperança que, aos poucos, se desfaz. Corra atrás do algo que descobrirá quando o rosto se cobrirá de pus. Faça jus ao jogo dos perdizes, longe das cicatrizes de outros soldados que amputados procuraram por novas motrizes.
Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
